Por muito me ausentei por conta de infindáveis empecilhos que obstinaram-se em surgir. Mas bem, agora estou de volta e peço sinceras desculpa a todos aqueles que acessaram o meu blog em busca de informação. E para iniciar essa nova fase do blog "Turismo Interativo", postei uma dissertação que fiz como parte de um trabalho da faculdade. Espero que gostem...
A Globalização fez e faz com que o mundo fique, metaforicamente, cada vez menor. O surgimento de novas tecnologias, tanto no âmbito das telecomunicações como no transporte, faz com que o fluxo de pessoas, mercadorias e informações se intensifique de forma considerável, e como não poderia deixar de ser, um dos setores que mais se beneficiam com essa dinamização global é o turismo. Apesar de todos esses argumentos favoráveis, seria a globalização um ponto unicamente positivo para a atividade turística?
É fato que um dos fatores preponderantes para o "boom" turístico nas ultimas décadas foi justamente a globalização, no entanto, seria no mínimo hipócrita afirmar que só há prós a cerca da mesma. O fluxo massificado de turistas como reflexo dessa dinamização global acaba por ser um ótimo subterfúgio para que os países desenvolvidos sobreponham sua cultura sobre os demais, como é o caso dos Estados Unidos da América.
Um exemplo sublime é o Japão, país que há duas décadas lançou um programa para incentivar o turismo emissivo. Outrora os grupos japoneses ostentavam nitidamente sua cultura, seja no modo de se vestirem, de se portarem etc., tornando evidente a tão conhecida padronização oriental. Hoje já não é difícil ver um japonês viajando por conta própria de cabelo pintado, usando calça jeans e dançando rock.
Outro caso interessante é a Turquia, país muçulmano que perdeu em parte o caráter ortodoxo de sua religião. Os turistas se surpreendem ao encontrar uma Turquia Islâmica adaptada a modernidade sem mais a identidade cultural de antes, como produto do mundo globalizado.
A globalização é de fato um avanço inquestionável que muito tem a contribuir em prol das relações globais. Todavia, devemos ficar atentos para que não se percam as características culturais que tornam cada povo singular. O turismo como fruto de uma diversidade cultural pode vir a ficar cada vez mais escasso em um mundo sem fronteiras